E n v o l t u r a S

29 dezembro 2007

podes saciar por aí
todos os teus anseios
depois de satisfeito,
sou sempre e somente eu
quem reside neste
teu itinerante peito!

d e p e n d e t ã o s o m e n t e
do que almejam suas vítimas
ovezeirosentir
na
v
e
n
t
a
n
i
a d'alma


21 dezembro 2007

Na paisagem
uma sempre suspeita
partida ou chegada?
Jamais
me livro
do LIVRO
nunca estive
na janela da página
posto
que da folha
sou fibra
e do texto
Eu só

18 dezembro 2007

NO SABIENDO!

...no sabiendo
de cuantas herramientas
usan los poetas
para dicir que unas veces,
sus pecados
compusieron sus versos...

15 dezembro 2007

Nunca havia pensado nisso.

Talvez tivesse receios.

Talvez não quisesse ou nem desconfiasse de meus meios.

A verdade é que sempre

fora minha anfetamina, adrenalina,

minha escopolamina,

por não haver em minha arte,

erros.

12 dezembro 2007




No jardim

a boca-de-leão

manda em mim

P A I

Em teus olhos
encontrei respostas
em teu sorriso
a verdade
em tuas palavras
ensinamentos
em teus conselhos
amizade

encontrei em teus braços
apoio e segurança
em teus afagos
carinho e esperança

pude sentir os caminhos do vento
aprendi a ouvir meu coração
a atravessar tempestades
a ver luz na escuridão

hoje, procurei palavras
como num milagre
uma reza para agradecer
todo esse amor que há em mim
puro reflexo de você


09 dezembro 2007

Onde está o Rodrigo Rosa?

O traiçoeiro travesseiro
guarda no avesso
um sonho alvissareiro
seria esse
travesso sonho
verdadeiro?

06 dezembro 2007

V A R i E D a D & $

Sim, variam os bebados que do porre jamais se curam os mendigos de sempre que administram-se refazendo seus lares, variam as fomes que em dieta definham
e eu pequena, enquanto a cidade aumenta
variam as dores, a indiferença
o vizinho que mudou-se, foi navegar em outros ares,
sobram poucos espaços de tantas horas paradas
e eu que não cresço como faço?
Variam os que te leem mas não te escutam pois alguns figos já vem cristalizados, variam os que te prometem flores pois por aí está cheio de corações esgotados
...e a pequena cidade que aumenta ...
e eu que não cresço como faço?
mais uma árvore a menos / novo código de recuos / outra casa amassada a clorofina no verde / cloro em nossos olhos

v i v a ! a vida mais clara

novos espaços pra os novelhos
planos retraçados
é da vida a reengenharia
amigos que sobem
lágrimas que descem
solitários que se viram
solidários se enternecem

e eu que não cresço como faço?

variam os que silenciosos procuram reeducar o universo / os que com barulho tentam / os que não viram o que vemos / novos que vem sem serem vistos variam os anos, os dias os meses

mas em fevereiro o rei terá as chaves da cidade

02 dezembro 2007