E n v o l t u r a S

31 julho 2008

"Uma cítrica fatia
de sentimentos
não merece a apatia
dessa crítica
em pensamentos"

27 julho 2008

DIGO QUE NÃO VOU CHORAR MAS CHORO
Choro
quando
meu limite de sentir dor extravasa...
quando
minha capacidade de suportar
vai além de minhas forças...
quando
a garganta sufoca com gritos
e se fecha com muitos nós...
digo que não vou chorar mas choro
porque
sou impotente perante as dores do mundo,
porque
não consigo o ruim melhorar,
choro
...para aliviar meu peito...
para nos outros acreditar
choro
...porque às vezes me entrego
e perco a garra para lutar,
choro
...pelas saudades que não consigo matar,
choro
porque não entendem
e não me deixam explicar
digo que não vou chorar
mas choro
pelas injustiças que vejo
pelas dores de todos os peitos,
pelas fomes, pelas guerras,
pelas doenças de nossa terra...
digo então
que não vou chorar mas
choro
por não concordar,
não aceitar,
não me conformar...
...que algumas pessoas
prefiram se odiar
a se AMAR!
04.04.2003 - Almanaque Gaúcho ZH - Olyr Zavaschi

26 julho 2008

OS POETAS

25 julho 2008

Anjo
ando enjoada
com esta angina
que alojou-se
em meu peito


aperta de um jeito
que anjo te juro
de hora em hora
tenho tido
novo pesadelo
embaixo da língua

24 julho 2008

Oh! flor do céu! Oh! flor cândida e pura!
inda trago antigos sonhos no peito
este belo corpo de mulher madura
quem dera deitar-se possa em meu leito
Oh! flor do céu! Oh! flor cândida e pura!
por várias noites contei estrelas
lastima-se os que não possuem tal bravura
para juntá-las e a ti oferecê-las
inda celebro-te vestindo a mortalha
aguardo-te recitando meus versos
posto que minha poesia não falha
a flor moscada aromas espalha
nos campos amores diversos
perde-se a vida, ganha-se a batalha!
Escrito para o Desafio Machadiano - Literatura Livre

22 julho 2008

A certeza
é assunto de interesse da razão
liberdade
prisão
o único meio do sentido
é a direção
falso
verdadeiro
esqueça
não leia
posso ter razão

07 julho 2008


05 julho 2008



sendo o mundo
agitação e conflito
o recolher de lágrimas
em registros
regará a terra
que já era
na era da miséria
destes
errantes
credores

02 julho 2008

SALUBRE
Tratemos de cuidar da poesia,
de nossas artérias, vísceras, veias,
do silêncio das letras
que fazem sombra aos versos
alimentemos os sentimentos
que nos nutrem
tratemos já da poesia
pois que me conste,
ontem, ela gemia
a indiferença de alguns
órgãos extirpados